O fim do Império já estava selado quando foi declarada a Abolição da
Escravidão em 1888. A perda de apoio das elites conservadoras, agravada
pelas fricções do imperador com a Igreja, na chamada "Questão
religiosa", e a crise no Exército após a guerra do Paraguai, origem da
"Questão militar", determinariam a queda de Dom Pedro II. Assim, ele
seria deposto por um movimento militar liderado pelo Marechal Deodoro da
Fonseca em 1889. Teve início então o primeiro período republicano no
Brasil. Até 1930, a República é controlada pelas oligarquias agrárias de
São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A importância econômica do
café produzido em São Paulo e do gado de Minas Gerais sustenta a
"política do café-com-leite", em que paulistas e mineiros se alternam na
presidência da República. Na verdade, São Paulo apenas mantinha o poder
que conquistara com a consolidação das novas bases econômicas do país
nas últimas décadas do Império. A ferrovia puxava a expansão da
cafeicultura, atraía imigrantes e permitia a colonização de novas áreas,
enquanto nas cidades a industrialização avançava, criava novos
contornos urbanos e abria espaço para novas classes sociais, o
operariado e a classe média. Mais próspero do que nunca, e agora um
Estado de verdade dentro da Federação, São Paulo via surgir a cada dia
uma novidade diferente: a eletricidade substituía o lampião a gás;
chegavam os primeiros carros (o primeiro de todos pertenceu ao pai de
Santos Dumont, em 1891); cresciam as linhas de bondes elétricos;
construíam-se na capital grandes obras urbanas, entre elas, o Viaduto do
Chá e a Avenida Paulista.
A singularidade desse
período está na forma intensa com que tudo se multiplica, desde a
imigração, que no campo sustenta a cafeicultura, até o desenvolvimento
das cidades, que levam São Paulo a perder suas feições de província e
tornar-se a economia mais dinâmica do país.
MAIS INFORMAÇÃO:
http://www.saopaulo.sp.gov.br/conhecasp/historia_republica
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